Você sabia que aproximadamente metade da população brasileira está acima do peso? Sendo que uma a cada cinco pessoas são obesas. Esses dados são alarmantes e confirmam o status de epidemia mundial da obesidade, doença que atinge todas as faixas etárias e que pode desencadear problemas de saúde e psicológicos. 

Segundo os dados do Ministério da Saúde, 28% das crianças entre 5 e 9 anos atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentam excesso de peso e 13,2% apresentam obesidade. Já entre os menores de 5 anos, cerca de 14,8% têm sobrepeso e 6% apresentam obesidade. 

Esses números crescem todos os anos e servem como um alerta para o risco de obesidade ainda na infância. Agora pare e pense: como é a rotina do seu filho? Alimentação, sono, atividade física? Bons hábitos são construídos ainda na infância e podem ajudar a evitar a obesidade infantil e seus riscos futuros.

Quais as principais causas da obesidade infantil?

 A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em crianças de até 12 anos, ou seja, é quando a relação entre peso e altura da criança é excessivamente maior que o normal para a sua idade.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a obesidade não é causada apenas pelo consumo excessivo de comida e o sedentarismo, a obesidade infantil é multifatorial, sendo causada por uma combinação de fatores simultâneos. Além dos fatores conhecidos como alimentação e falta de atividade física, problemas como excesso de telas, depressão, ansiedade e falta de sono também são fatores de risco para a obesidade. 

Ainda existem os fatores genéticos e hormonais, que influenciam diretamente no desenvolvimento da obesidade. Por exemplo, filhos de pais obesos possuem cerca de 80% de chance de serem obesos também. 

Ainda tem dúvidas do por que se preocupar com a obesidade infantil?

As consequências e complicações da obesidade infantil tem grande risco de se estender até a vida adulta. Além disso, acarreta em um maior tempo de exposição ao excesso de gordura, aumentando as chances do aparecimento precoce de doenças crônicas que acompanham a obesidade, como: diabetes, alterações do colesterol, hipertensão, doenças respiratórias, doenças ortopédicas, doenças metabólicas, entre muitas outras.

Outra consequência do problema é no processo de desenvolvimento da criança que pode dificultar as atividades cotidianas e brincadeiras comuns durante a fase. Ademais, impactos negativos podem gerar consequências psicológicas como depressão, disfunções alimentares, bullying e disfunções alimentares.

Como evitar a obesidade infantil?

A melhor forma de evitar a obesidade infantil é proporcionar uma rotina saudável desde cedo, evitando os fatores de risco que levam ao surgimento da obesidade. Ou seja, a mudança tem que acontecer em toda a rotina da casa, inclusive com os adultos, que são os maiores exemplos para os filhos.

A primeira dica é incentivar o seu filho em algum esporte, para que ele tenha maiores chances de ser um adulto ativo. Brincadeiras como pega-pega, dançar e andar de bicicleta também são excelentes formas de exercitar os pequenos.

Tenha cuidado com a qualidade do sono do seu filho! O indicado é que crianças entre três e cinco anos durmam de 10 a 13 horas e crianças de seis a doze anos de 9 a 12 horas. Outra dica importante é controlar o uso das telas, pois além de todos os problemas causados, o excesso de eletrônicos pode levar ao sedentarismo. Já para evitar interferir no metabolismo da criança, lembre-se: medicamentos somente com prescrição médica.

Além de todas essas dicas, proporcionar ao seu filho uma alimentação equilibrada, com frutas, verduras, grãos integrais, proteínas e carboidratos, são medidas essenciais no combate à obesidade infantil e para o crescimento de um adulto saudável. Também procure evitar o consumo de alimentos processados, como salgadinhos, refrigerantes e doces. Quer mais dicas para cuidar da alimentação do seu filho?

1- Cuide da lancheira escolar! Coloque sempre uma fruta, um carboidrato e uma proteína.

2- Utilize a criatividade durante a apresentação dos alimentos.

3- Não custa lembrar: dê preferência aos alimentos saudáveis

4- Envolva seu filho na preparação e na compra dos alimentos.

5- Último e não menos importante: seja o exemplo.